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O papel das empresas na disseminação de práticas de sustentabilidade

Essa pergunta não é somente para empresários, diretores ou acionistas, mas também para os funcionários, desde gerentes até faxineiros. Você, independentemente de sua posição na empresa, deve pensar em como ela atua no meio empresarial, em como ela atua com você, com as pessoas ao seu redor e com o meio ambiente. O fato de uma empresa ser sustentável ou não, tem relação direta com a sua vida, pois sustentabilidade está ligada ao meio ambiente e à qualidade de vida.

Em primeiro lugar, estudos e avaliações realizadas no mundo todo afirmam que as despesas de uma empresa com iniciativas sustentáveis acabam por se tornar uma vantagem competitiva. Como? Isso pode acontecer de várias formas, entre elas, programas de bem estar para os funcionários, redução de impacto ambiental, que leva à adequação com as leis vigentes e por consequência, diminuição na incidência de multas; redução de desperdício (energia, água, recursos), que leva à outra gama de oportunidades que, se bem desenvolvidas, podem gerar lucro. Soma-se a isso uma imagem pública diferenciada, que abre portas para outras inúmeras oportunidades de crescimento.

As empresas tem um papel fundamental na disseminação de práticas de sustentabilidade, já que sem elas, a economia não funciona. Portanto, o papel das empresas tem que ser revisto, e a sustentabilidade não é um empecilho para seu crescimento, mas pode ser o motor, se analisado com inteligência.

Hoje, se a sua empresa não se preocupa com o impacto que ela causa, com o desperdício de papel, material, energia, ou com a segurança e o bem estar de seus funcionários, colaboradores e fornecedores, ela está certamente caminhando para seu fim, embora possa não perceber. As pessoas hoje, em sua grande maioria, não se sentem inclinadas a trabalhar em um local onde sabem que são negligenciadas, ou, que negligencia o ambiente onde vivem. Isso tem impacto direto no desempenho da empresa, na produtividade, e consequentemente, no lucro. Olha o lucro aí de novo, para aqueles que só se movem quando escutam a palavra “lucro”. Isso porque, com baixa produtividade e pagando multas/indenizações por impactos ambientais, não é possível sobreviver em um mundo onde as regras estão mudando. Portanto, se o seu negócio ou o local onde você trabalha não é adepto aos programas de gestão ambiental e nem tem uma política de sustentabilidade, algo tem que ser feito para suprir essa deficiência, pois logo quem não acompanhar o movimento pela sustentabilidade, estará obsoleto.

Para ilustrar, a Pirâmide de Maslow é uma ótima ferramenta. O psicólogo Abraham Maslow definiu uma hierarquia de necessidades que as pessoas procuram suprir na sua existência, se iniciando pela base da pirâmide (figura extraída do site www.suamente.com.br ).

As necessidades fisiológicas básicas, como comer, beber, moradia adequada, acesso a serviços de saúde e saneamento básico, são a prioridade para as pessoas, e enquanto não forem supridas, seja pelo empregador, pelo sistema de saúde de sua cidade, ou se a pessoa não conseguir se inserir no mercado, não conseguirá suprir suas necessidades seguintes. Não se pode exigir de um funcionário que não consegue alimentar seus filhos, uma produtividade maior ou postura profissional mais proativa. Sim, isso é sustentabilidade. Quando as necessidades básicas são supridas, aí vem a procura por segurança, e isso pode ser traduzido por segurança no trabalho, por exemplo.

Esta análise não se aplica somente aos funcionários de uma empresa, mas aos clientes, ao bairro onde essa empresa está, e a cidade que a acolhe. E assim por diante, com as necessidades sociais, auto-estima e por fim auto-realização. Portanto, a sustentabilidade está primeiramente ligada com a felicidade e a satisfação das pessoas, para então fazer parte do ambiente onde se vive.

Empresas e funcionários, abram o olho! Os tempos estão mudando em alta velocidade, e quem não acompanhar não fará parte da nova economia.

Fonte: www.sementesustentavel.blogspot.com.br